Boa Técnica. Primeiros Passos

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Ter uma boa técnica no instrumento é algo fundamental. Não digo isso no sentido de tocar rápido e com virtuosismo, mas sim tirar um bom som, com clareza, limpeza, e tendo controle sobre as inúmeras nuances que podemos criar na guitarra. Tudo isso é tocar com técnica, ter liberdade, deixando a inspiração te levar para onde você quiser, sem as barreiras de uma possível falta de coordenação.

A primeira dica para termos uma boa técnica seria nunca deixar nossos músculos estarem tensos. Isso vale para as mãos, braços e, eu diria até, o corpo inteiro. Sua cabeça deve estar tranqüila, calma e relaxada, transmitindo isso para seus músculos, mesmo que você esteja tocando algo muito complicado e rápido. Este estado de espírito é o que um cara com técnica deve alcançar.

Tendo isso em mente o próximo passo é verificar se o posicionamento das mãos e braços estão corretos e confortáveis. Sabemos que a guitarra não é um instrumento que impõe regras neste sentido, mas é sempre bom seguirmos o que seria o ideal para depois ir acomodando-nos ao nosso jeito.

Temos sempre que lembrar que quanto menor o movimento das mãos, mais preciso o movimento poderá ser. Assim, em relação à mão direita, o quanto menos a palheta se afastar da corda, melhor será o rendimento do movimento, possibilitando assim, mais palhetadas em menor tempo.

Experimente fazer pequenos movimentos com a palheta em uma nota só, observando o quanto a palheta afasta da corda. Assim você poderá controlar esta distância e se preocupará com isso para todo e qualquer exercício de palhetada alternada. Depois de conseguir manter a palhetada sem se distanciar demais da corda, mantenha uma nota só em semicolcheia numa velocidade lenta e experimente abafar esta nota (sem alterar o movimento da mão, velocidade ou intensidade).

Conseguindo isto, tente abafar uma nota ou outra, para ter um controle perfeito deste movimento. Outra variação importante é conseguir acentuar algumas notas da semicolcheia. Por exemplo, procure acentuar a primeira nota da semicolcheia sem alterar o movimento da palheta ( bem próximo da corda), sem alterar velocidade e intensidade das outras três notas. Depois procure fazer o mesmo acentuando e segunda, terceira ou quarta semicolcheia. Assim o acento cada hora cairá em um lugar diferente.

Tendo o controle de todas estas variações, é possível experimentar aumentar a velocidade. Pode parecer simples, mas é um bom início para saber o que podemos fazer com a palhetada.

Um grande abraço,
Kiko Loureiro