Desde 2004, Isaac Karabtchevsky é o Diretor Musical da Orchestre National des Pays de la Loire, na França, e, no Brasil, Diretor Artístico da Orquestra Petrobras Sinfônica do Rio de Janeiro e da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.
Nascido no Brasil, de pais russos, Isaac Karabtchevsky estudou direção de orquestra e de composição na Alemanha, sob a orientação de Wolfgang Fortner, Pierre Boulez e Carl Ueter.
Ao longo de vinte e sete anos, de 1969 a 1996, participou ativamente da vida musical brasileira, dirigindo a Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro. Foi com essa orquestra que ele efetuou a célebre gravação integral das Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos, uma referência ainda hoje. Foi também nesta época que ajudou a conceber o Projeto Aquarius, do jornal O Globo, série de concertos ao ar livre que visa criar novo público para a música clássica no país.
Em 1988, foi convidado a tornar-se Diretor Artístico da Orquestra Tonkünstler de Viena, com a qual realizou várias turnês internacionais. Em virtude de sua importante atividade no país, recebeu do governo austríaco a comenda do Grande Mérito à Cultura, reconhecimento concedido pela primeira vez a um artista brasileiro. Sua carreira internacional levou-o a dirigir concertos e óperas em teatros e orquestras de grande prestígio. O maestro esteve diante de orquestras na Staatsoper e no Musikverein, em Viena, no Concertgebouw de Amsterdã, no Royal Festival Hall de Londres e na Sala Pleyel de Paris. Regeu ainda no Kennedy Center de Washington e no Carnegie Hall de Nova York. Na Itália, apresentou-se no Theatro Communale de Bolonha, na Academia Santa Cecilia de Roma, no Teatro de Palermo e na RAI de Torino. Participou também de concertos no Teatro Real de Madrid; no Teatro Colón de Buenos Aires; na Deutsche Oper am Rhein de Düsseldorf; na Orquestra Gürzenich de Colônia e na Orquestra Filarmônica de Tóquio.
De 1995 a 2001, Isaac Karabtchevsky foi Diretor Musical do Teatro La Fenice de Veneza, onde dirigiu importantes produções, como Erwartung, O Castelo do Barba Azul, O Navio Fantasma, Don Giovanni, Falstaff, Carmen, Fidelio, Billy Budd, Sadko, O Amor das Três Laranjas, Capriccio, Tristão e Isolda, Simon Boccanegra e inúmeros concertos sinfônicos. São numerosas as gravações que dão testemunho do alto nível das produções do La Fenice nessa época.
Em janeiro de 1999, Isaac Karabtchevsky dirigiu, na Opera House de Washington, Boris Godounov com Samuel Ramey. O crítico Tim Page, do Washington Post, considerou sua interpretação como uma das melhores da temporada. Sergio Segalini, diretor da revista Ópera International, escreveu que seu Fidelio é uma das produções mais notáveis dessa obra já realizadas.
Desde 2000, Isaac Karabtchevsky dirige anualmente na Itália, no Musica Riva Festival (www.musicarivafestival.com), na cidade de Riva del Garda, os Master Class para maestros do mundo inteiro. No Brasil, o maestro foi homenageado, em 2006, com a medalha Pedro Ernesto, concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Recebeu também do governo do Rio Grande do Sul a comenda de Ponche Verde e o título de cidadão gaúcho.
Em 2006, regeu a “Sinfonia nº 8”, de Gustav Malher, na Praia de Copacabana. Milhares de pessoas assistiram ao espetáculo, apresentado pela primeira vez ao ar-livre. A execução da “Sinfonia dos Mil”, como é conhecida pelo grande número de músicos no palco, marcou também a volta do maestro ao Projeto Aquarius, realizado pelo jornal O Globo, com patrocínio da Petrobras.
Fonte: www.karabtchevsky.com