Som, arte, liberdade. A banda Sal, numa
mescla inovadora de ritmos, lançou na última sexta, 03 de maio, no Centro
Universitário de Cultura e Arte (CUCA) o seu primeiro CD. O grupo, que tem uma
estética própria de sonoridade, alia música à psicodelia e à imagem, que, segundo
a vocalista Kleyde Lessa, são elementos que se projetam no imaginário do
compositor e também do público. Ela ainda afirma que a Sal transita num
universo de experimentação, e que estamos aqui para caminhar pela existência
não de uma forma medíocre, e sim, fazendo com que essa existência seja algo
mais do que só reproduzir transitando pelo desgaste cultural.
Com a frase “O sal, assim
como o som, dá sabor à vida”, a banda iniciou o show, repleto de variados
instrumentos, que iam de baixo e bateria à sanfona e caxixi, assim como os
estilos musicais. Durante o espetáculo foi possível extrair sons de blues,
jazz, bossa e rock. Sons que remetiam à natureza, guturais, apresentando
sutileza, puderam ser degustados por uma variada plateia, que ia de crianças a
adultos.
Dentre as canções
apresentadas: “Outras Vozes”, “Flor Aberta”, Até de manhã”, expressaram a
versatilidade dos integrantes , tanto nos instrumentos que tocavam, como nas
indumentárias. O percussionista Bel da Bonita chamou a atenção para o fato da
reação do público nos locais pelos quais a banda tem passado: “ é positiva, mas
é de surpresa em alguns lugares. Parece que as pessoas não acreditam que nosso
som é possível”. Ele ainda ressalta que em Feira de Santana as pessoas tem ido
a eventos que normalmente não iam, estão dando atenção a outros sentidos.
Talvez por isso “Sal é o que é, é o que pode ser.”
Por Laísa Melo