Caravana da Cultura passa pelo Recôncavo Baiano

Economia da Cultura, Pontos de Cultura, políticas de audiovisual para o Recôncavo Baiano e uso integrado de patrimônios históricos foram alguns dos temas levantados pelo público durante diálogo promovido pela Caravana da Cultura, nessa terça-feira (12), em Cachoeira (BA).
Durante o evento, o ministro da cultura, Juca Ferreira, elogiou o trabalho de recuperação e preservação desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico Cultural (Iphan) na região do Recôncavo Baiano.
A Caravana da Cultura no Recôncavo baiano desembarcou em Cachoeira na terça-feira (12). Nesta quarta, segue para Santo Amaro. O objetivo é estreitar laços e ouvir demandas de fazedores da cultura locais. Está é a quinta edição da iniciativa, que já passou pelo Maranhão, Ceará, Minas Gerais e Bahia. 
Entre 2008 e 2015, foram investidos mais de R$ 18 milhões na região, beneficiando quatro municípios com 12 obras em imóveis de uso público e outros 63 de uso particular.
"O Iphan teve uma ousadia enorme em Cachoeira. Era uma questão insolúvel, com patrimônio e diversidade tão grandes e casarios tão monumentais", destacou Juca Ferreira. "As pessoas sempre tiveram medo de chegar perto pela monumentalidade do seu patrimônio", completou o ministro, que também salientou a necessidade de desenvolver projetos de recuperação associados a novos usos da economia da Cultura capazes de gerar riquezas.
O ministro ressaltou, ainda, que a economia da cultura pode representar uma saída para o Brasil diante da crise econômica mundial. Isso porque seria uma alternativa de alto valor agregado capaz de diminuir a dependência do Brasil na exportação de commodities baseadas no agronegócio.
A presidenta do Iphan, Jurema Machado, afirmou que Cachoeira é pioneira em um modelo que associa, "com menor conflito possível", cultura e desenvolvimento. Ela enfatizou também a importância de ter uma política que una desenvolvimento e patrimônio material e imaterial.
Pontos de Cultura
Durante o encontro, a secretaria Ivana Bentes informou que existem na Bahia cerca de 250 Pontos de Cultura. Ela pediu ajuda ao público presente para que entidades da região se autodeclarem Pontos de Cultura. "Vamos lançar, em breve, o Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de Cultura e queremos ajuda. A autodeclaração é um reconhecimento do mérito do trabalho".
O secretario do audiovisual, Pola Ribeiro, lamentou  o fato de Salvador "ter dado as costas para o Recôncavo Baiano" e afirmou que a região tem potencial forte e especifico para o audiovisual. "Precisamos pensar em estratégias sensíveis, simples e integradas (com governos federal, estadual e municipal e, universidades, entre outros) para que as coisas funcionem", comentou.