Mais criatividade, paciência, precisão física e mental, maior disposição para concentrar-se nas tarefas diárias, além de identificação com outras culturas. Esses são alguns dos benefícios proporcionados pelo contato com a música, atividade que será oferecida a mais de 7 mil estudantes da Rede Municipal a partir de 2015. O Programa Música na Escola foi lançado na última quinta-feira, na Fundação Senhor dos Passos, com a participação da Filarmônica Amor por Bonfim, do distrito de Bonfim de Feira.
Para o desenvolvimento das atividades, a Secretaria Municipal de Educação investiu na aquisição de dezenas de instrumentos musicais que serão utilizados pelos alunos nas aulas: corneta, timbal, flauta doce, teclado, acordeon, violão, violoncelo, dentre outros.
O Música na Escola se divide em quatro atividades diferentes, distribuídas em subprojetos. Através do Instrumenta, por exemplo, os alunos terão a oportunidade de aprender a tocar instrumentos como teclado, violão, flauta-doce e acordeom.
No Cantando na Escola, as crianças e adolescentes vão aprender técnicas vocais e desenvolver o gosto pela música, aprimorado em repertórios diversos. "O Cantando foi nossa primeira iniciativa; a rede já têm 16 corais e a partir de 2015, nossa intenção é formar outros 50 grupos que proporcionarão muita música nos eventos da cidade", defende a secretária de Educação, Jayana Ribeiro. Destes, 47 serão corais performáticos e três tradicionais.
A formação da Orquestra Infantojuvenil Princesa do Sertão talvez seja o principal desafio do programa. Os alunos matriculados nesta modalidade desenvolverão suas habilidades musicais através do estudo técnico de instrumentos e de diversos repertórios.
A quarta iniciativa resulta no investimento significativo que será feito pelo governo municipal a fim de promover as fanfarras, um traço cultural tradicional da região de Feira de Santana. "A meta da Seduc, que conta com todo o empenho do prefeito José Ronaldo, é fomentar a formação de uma fanfarra em cada distrito", afirma a secretária.
“Inserir música no dia-a-dia dos alunos amplia os horizontes deles, melhora a concentração, aumenta a sensibilidade e, através da formação de corais, por exemplo, o senso de coletividade também cresce”, avalia a professora da Universidade Federal da Bahia, Rosa Eugênia Vilas Boas, que é coordenadora musical do programa.