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Autor de sucessos como Asa Branca, Baião de Dois e Qui Nem
Jiló, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, completaria 100 anos nesta quinta-feira
(13). Considerado um dos compositores mais importantes da música popular
brasileira, Gonzagão, que morreu em agosto de 1989, aos 76 anos, ganhou filme
contando sua história de vida para comemorar a data. Gonzaga - De Pai Pra
Filho, que chegou aos cinemas em outubro, mostra a biografia de Luiz Gonzaga e
retrata, ao mesmo tempo, como era a relação entre ele e o filho Gonzaguinha.
Luiz
Gonzaga é homenageado pelo Google em seu centenário
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no dia 13 de dezembro
de 1912, no povoado de Araripe, extremo oeste do estado de Pernambuco, a 700 km
do Recife. Seu pai trabalhava na roça e nas horas vagas tocava acordeão. Foi
com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocar o instrumento. Não era nem adolescente
ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início
acompanhando seu pai.
Antes dos 18 anos, Luiz teve sua primeira paixão:
Nazarena, uma moça da região. Foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo
Deolindo, que não o queria para genro e ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luiz e
Nazarena namoraram algum tempo escondidos e planejavam ser felizes juntos. Mas,
sem o apoio da família e revoltado por não poder se casar com a moça, fugiu de
casa e ingressou no exército.
Deixou o exército em 1939 e passou a se dedicar à música.
Em 1941, foi aplaudido de pé no programa de Ary Barroso ao tocar Vira e Mexe, o
que lhe rendeu a contratação com a gravadora Victor, pela qual lançou mais de
50 músicas instrumentais. Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua
primeira música como cantor, Dança Mariquinha.
Também em 1945, uma cantora de coro com quem o artista
mantinha um caso deu à luz um menino. Apesar de não ser o pai biológico da
criança, sabendo que sua amante ia ser mãe solteira, assumiu a paternidade e
deu seu nome ao enteado.
A relação com Léia foi cheia de brigas e eles resolveram
se separar com menos de 2 anos de convivência. Em 1948, casou-se com a
pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária
particular. O casal viveu junto até o fim da vida de Luiz. Eles não tiveram
filhos biológicos, porque Helena não podia engravidar, mas adotaram uma menina,
a quem batizaram de Rosa.
Nesse mesmo ano Léia morreu de tuberculose, e o filho
deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou órfão. Luiz queria levar o menino para
morar com ele e Helena, e pediu para a mulher criá-lo como se fosse dela, mas
Helena não aceitou. Sem ver saída, o cantor entregou o filho para os
padrinhhos, mas deu assistência financeira e ia visitá-lo com frequência.
A relação entre eles esfriou nos anos seguintes e
Gonzaguinha se recusou a ir morar com o pai durante sua adolescência. Aos 14
anos, o menino contraiu tuberculose e quase morreu.
Luiz resolveu criá-lo a
força, mas por ser muito autoritário e a mulher destratar o garoto, acabou mandando
o adolescente para um internado.
Ao crescer, a relação ficou ainda mais tumultuada, com
Gonzaguinha se tornando viciado em bebidas alcoólicas. Mas, com o passar do
tempo, Gonzaguinha resolveu se tratar, concluiu a universidade, e se tornou
músico como o pai. Os dois ficaram mais unidos quando em 1979 viajaram pelo
Brasil juntos, e o filho compôs algumas músicas para o pai.
Luiz Gonzaga sofria de osteoporose e morreu vítima de uma
parada cardiorrespiratória no dia 2 de agosto de 1989, no Hospital Santa Joana,
na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e enterrado
em seu município natal.
(Fonte: http://musica.terra.com.br)