CCB lança documentário “Coleirinho da Bahia”

Capa do DVD

A Associação Cultural Coleirinho da Bahia (ACCB) lança o documentário sobre a vida e obra do ícone da cultura popular da Bahia contado por amigos e familiares que acompanharam a trajetória do rei do samba de roda.

O grupo foi premiado pelo Microprojetos Culturais para o Semiárido Brasileiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), Governo do Estado da Bahia, Instituto Nordeste Cidadania (INEC), Banco do Nordeste (BNB), Fundação Nacional das Artes (Funarte), Secretaria de Articulação Institucional (SAI) e Ministério da Cultura.

Segundo Guda Moreno, presidente da ACCB, este projeto apoiado pelo edital Microprojetos Mais Cultura teve muita importância na divulgação e valorização da cultura popular através da história de Coleirinho da Bahia um dos mestres da Bahia, ainda completa Guda Moreno, “nós não temos muita coisa documentada sobre Coleirinho nem tão pouco sobre a cultura popular do samba de roda e o Microprojetos veio para eternizarmos nossa cultura de raíz. O objetivo do documentário não é celebrar a morte de Coleirinho da Bahia, mas sim a história de vida de um grande apaixonado da cultura baiana”.

Um pouco da história de Coleirinho da Bahia

Marcos Gonçalves de Souza, conhecido como Coleirinho da Bahia, é natural da Barra. Coleirinho junto com o sogro Aureliano Sambador gostava de fazer Samba de Roda e Reizado nas casas das famílias que os convidava.

Coleirinho da Bahia sempre viveu a cultural local, e porque não dizer, a cultura da Bahia. Foi cantando repente que Marcos Gonçalves de Souza passou a se chamar Coleirinho da Bahia.

Em 1972, se mudou para o distrito de Matinha em Feira de Santana. E ainda na década de 70, Coleirinho da Bahia aceitou através da ACOMA – Associação Comunitária de Matinha o desafio de trazer a cultura popular tradicional até então não conhecida pela comunidade, como quadrilha junina que foi modelo na região onde também foi criado o forró da alegria.

No ano de 1989, Coleirinho da Bahia, Aureliano Sambador, Chica do Pandeiro, Edite e Isaura, foram convidados para fazer um samba de roda em Feira de Santana e alguns meses depois formaram o grupo Quixabeira da Matinha que em 1992 gravaram em Salvador o primeiro samba (Alô meu Santo Amaro) no primeiro disco intitulado Berço do Rio.

Em 1994, Aureliano Sambador deixa o grupo por motivo de doença e Coleirinho da Bahia continuou levando a cultura do Samba de Roda para vários municípios, inclusive para capitais como Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em maio de 2005, participou do último grande evento da vida dele no Rio de Janeiro. Ao voltarem, o grupo sofreu um acidente de trânsito, Coleirinho da Bahia veio a falecer, deixando saudades para os familiares, amigos, colegas e a cultura baiana.

Gilberto Marques